Na sua tradicional voz e língua dos Tembe e Pfumo, Justino Ubaka, rouba-nos os ouvidos para lembrarmos em vida e apreciarmos o quão saborosa e melódica é a música moçambicana interpretada pelos jovens e faz isso com aqueles que fizeram parte da construção desta história.
Ubaka, no seu mais recente trabalho *“WENE”* (você), mostra que os Joaquim Macuácua embora sarcásticos nas suas prosas, Avelino Mondlane, triste e sorridente nas suas letras, Eugénio Mucavel dramático e educador, Aniano Tamele surge para aconchego e aproximação das famílias com suas letras cheias de esperança e contos que superam qualquer problema social.
*Wene* de Ubaka lançado hoje 30 de Abril revela-se mais uma declaração de amor de Ubaka e Aniano Tamele que no semblante e performance de canto parecem dois jovens apaixonados e que decidem revelar as qualidades das parceiras. Combinação vocal em tons quase similares que chegam a confundir nossos ouvidos, Aniano e Justino fazem passos de jovens músicos que embora, sejam de épocas diferentes, combinam os gostos de quem ama a música moçambicana.
Palmas em cheio aos dois moçambicanos que continuam dando esperança a música de casa mostrando que o local é mais bom que o de fora. Justino Ubaka ainda é o único músico jovem moçambicano no estilo Marrabenta capaz de superar Mr.Bow. Mas muito fora de superar Mr. Bow, Ubaka pode ser quem muitos esperavam como esperança para devolver o gosto pela música ligeira nos jovens que a olhavam com desdém e chegavam a transformar os músicos da velha guarda para os estilos recentes. A música moçambicana está de parabéns.
POR: Agostinho Muchave
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