Mais de 93 mil eleitores “fantasmas”, que não existem, já tinham sido recenseados em Inhambane até 20 de Abril, uma semana antes do fim do recenseamento, no próximo Domingo. Este número de eleitores recenseados é superior ao número de pessoas em idade de votar na província. E, documentos internos mostram que o STAE estava a cometer erros grosseiros nos números, ou estava a mentir à sua própria comissão provincial de eleições sobre a forma como estava a gerir o recenseamento.
Segundo escreve o CENTRO DE INTEGRIDADE PÚBLICA(CIP), no seu boletim n.º 256, no presente ano, cada assento parlamentar corresponderá a aproximadamente 60.000 eleitores, o que significa que os fantasmas já registados significarão um assento extra para Inhambane na AR.
“Foi exactamente assim que Gaza ganhou lugares extra há cinco anos. E, espera-se que muitos mais milhares de fantasmas se estejam a registar esta semana em Inhambane, embora não os possamos ver nas filas".
Entretanto, avança o CIP, os documentos internos do STAE de Inhambane mostraram um erro muito estranho, durante as primeiras cinco semanas de recenseamento. As suas tabelas apresentam o recenseamento por distrito e depois um total na parte inferior. Mas, um exame mais atento mostra que o “Total” não é a soma dos números dos distritos.
"Por exemplo, no relatório, até 30 de Março, refere-se a um total de 186.119 eleitores registados. Mas a soma dos 14 distritos dá apenas 152.694. Na realidade, o STAE estava a dizer aos seus chefes na comissão eleitoral que estava a trabalhar arduamente e que tinha registado mais 33.425 pessoas nas primeiras duas semanas do que realmente tinha. O exagero do recenseamento real continuou até 13 de Abril. Pela primeira vez, no relatório de 20 de Abril, o "total" é realmente a soma dos recenseamentos distritais.
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