O candidato presidencial do partido Frelimo, Daniel Chapo, garante que quando for eleito Presidente da República, nas eleições de 09 de Outubro, formará um governo de inclusão, trabalhando com todos sem exclusão. Chapo falava na cidade de Nampula, em mais uma acções da sua apresentação pública, dirigido pelo presidente do partido, Filipe Nyusi.
Depois de Tete, na passada Quinta-feira, foi a vez de Nampula, esta Sexta-feira, conhecer o candidato da Frelimo nas próximas eleições presidenciais, marcada para Outubro. Durante o seu discurso, Chapo garantiu que quando for chamado a constituir o próximo governo de Moçambique optará por um governo de inclusão e explicou o sentido:
“Vamos ser um governo de inclusão. O que é um Governo de inclusão? É um governo que trabalha com todos e para todos. Um governo que não exclui a ninguém e trabalha para todos os moçambicanos”.
Daniel Chapo disse que recebeu a missão de governar o país com muita responsabilidade e para augurar sucesso apela para um trabalho colectivo, tendo destacado o empenho da juventude como chave importante.
“ Actualmente queremos dizer que esta missão que estamos a receber é uma missão de muita responsabilidade, mas vamos assumir para podermos juntos trabalhar e continuar a desenvolver Moçambique”, garantiu o candidato da Frelimo tendo acrescentado que a grande inspiração devera ser buscada na coragem dos jovens de 25 de Setembro de 1964 que de arma em punho libertaram a terra e os homens.
“Esta é que é a nossa fonte de inspiração e graças a eles, o nosso saudoso Presidente Samora Moisés Machel proclamou a independência nacional. Mas quando houve a independência, aqueles que estavam aqui a nos colonizar, pensaram que nós não íamos conseguir desenvolver Moçambique. Eu só darei um exemplo para percebermos como Moçambique cresceu, como desenvolveu durante esses anos todos. O nosso presidente (Nyusi) no ano em que saiu daqui para ir estudar na Escola Secundária Samora Moises Machel, só haviam duas escolas que davam ensino médio que era Samora Moisés Machel e Francisco Manyanga, hoje se eu vós perguntar quantas escolas secundárias temos, alguém conseguirá me responder? Em 1975 médicos os moçambicanos não chegavam 5, hoje se eu perguntar quantos médicos temos de Rovuma ao Maputo, alguém vai conseguir me responder?”, exemplificou.
Continuo desenvolvimento
Pese embora o país tenha alcançado a independência, Chapo diz que ainda não está completa. Explicou que o país ainda continua dependente economicamente, por isso, é necessário criar-se bases para reverter a situação, tendo reconhecido que isso poderá levar o seu tempo.
“Nós ainda continuamos dependentes economicamente e, para isso, precisamos de trabalhar juntos para realizarmos este sonho. Pode não ser um sonho que vai se realizar amanhã, pode ser uma luta de gerações, mas só com a nossa independência económica, usando os nossos próprios recursos, é que completaremos a nossa independência e a nossa soberania nacional”, disse.
Para concretizar este desiderato, Chapo elege a educação como papel-chave e por isso propõe um investimento qualitativo neste sector, colocando jovens a estudarem dentro e fora do país.
“Vamos trabalhar para a educação ser uma área fundamental, como base para o desenvolvimento de Moçambique, construindo mais escolas, mas também sentarmos com pedagogos que conhecem a matéria da educação vão nos dizer quais as linhas correctas para continuarmos a melhorar a nossa educação”.
Entretanto, as ideias de Chapo para governo o país não estão apenas limitadas ao sector da educação. O candidato da Frelimo disse que trabalhar também para melhorar a saúde para população. Para efeito propõe a construção de mais infra-estruturas, formação de mais médicos e enfermeiros para além da colocação de medicamentos com qualidade.
No capítulo das infra-estruturas públicas Chapo reconhecer a necessidade de melhorar a rede viária nacional com construção de estradas que ligam as zonas de produção a principais centros urbanos.
“Nampula é uma das províncias que mais produz, falo concretamente da produção agrícola, mas, fazer chegar o produto do local onde é produzido para o local onde é comercializado, é preciso termos estradas em condições, que permite o nosso irmão que está lá a produzir, levar o produto dele da cidade de Nampula, vender rapidamente, colocar dinheiro no bolso, voltar a casa para colocar comida na mesa da sua família.
A cultura, o desporto, o turismo, a agro-indústria, entre outras áreas também vão merecer atenção de Daniel Chapo e a Frelimo caso ganhe as eleições. Disse que trabalhará com a juventude para maximizar as potencialidades nacionais e garantir o bem-estar de todos.
No relacionamento com o sector privado, Chapo disse que ouvirá as suas preocupações para melhorar o ambiente de negócio e em função disso desenvolver Moçambique.
“O nosso empresário é que criam emprego para a nossa juventude. Os nossos empresários trabalham para pagar imposto, e com base neste dinheiro do imposto é que construímos estradas, hospitais, escolas, abrimos fundos de água e criamos condições para a população, por isso trabalharemos aqui em Nampula e voltaremos mais vezes para podermos reunir com os nossos empresários”.
0 Comentários
O que você achou dessa matéria?