A Cidade de Maputo parou hoje 16 de Maio de 2024, para acolher o segundo dia da Conferência Anual do Sector Privado, CASP, organizada pela CTA reunindo especialistas e autoridades governamentais para discutir os “Desafios e Oportunidades de Investimentos e Negócios em Ambiente das Medidas de Aceleração Económica”. Numa das sessões desta Quinta-feira, o painel 7, teve como oradores Carlos Mesquita e Sófia Santos, Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos e representante da Green City and Infrastructure Program, respectivamente.
Neste painel que também contou com a presença de Bento Machaila, do Pelouro de Construção Civil e imobiliário na CTA, Ricardo Cunhaque, Presidente do Conselho empresarial de Sofala e Weiyi Wang representante do Banco mundial, debateu-se sobre as Tendências, Inovações e Desafios de Sustentabilidade do Sector Imobiliário e Infraestruturas para Resiliência Climática, tendo sido apresentados dois desafios prioritários que Moçambique enfrenta no contexto de desenvolvimento sustentável e gestão de recursos.
O primeiro desafio é a gestão do crescimento migratório para os centros urbanos, onde o fluxo migratório para as áreas urbanas, se bem gerido, pode estimular investimentos e melhorar os padrões de vida. No entanto, “a falta de planeamento adequado pode agravar problemas como poluição, expansão urbana desordenada, violação das posturas urbanas, congestionamento, aumento da desigualdade e pressão sobre recursos como água e solo urbano. É essencial aplicar princípios de economia circular para reduzir e valorizar resíduos e desenvolver novas centralidades, seguindo exemplos de países como Malawi e Brasil”.
O segundo desafio é o aumento da capacidade de gestão de recursos hídricos. E para dotar o país de uma gestão eficaz dos recursos hídricos, são necessários cerca de USD 4,5 bilhões para projectos específicos como as barragens de Moamba Major, Mapai, Lócumuè e Mugeba, sendo para tal “fundamental reforçar a capacidade de gestão de recursos hídricos partilhados, investir em barragens e práticas que permitam a recarga de aquíferos e aumentar a capacidade de armazenamento de água para garantir o abastecimento para a população e os sectores económicos".
O governo moçambicano reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, destacando metas ambiciosas até 2030. No sub-sector do abastecimento de água e saneamento, o objectivo é assegurar o acesso universal e seguro à água potável e ao saneamento, enquanto no sub-sector dos recursos hídricos, o governo pretende aumentar a capacidade de armazenamento de água de 58,6 para 76,62 mil milhões de m³ para controlar cheias e mitigar secas.
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